É que funcionando a maior parte do tempo em baixas rotações, a lubrificação interna é menos eficiente do que em médias rotações, e como o trajeto é muito curto, o motor praticamente não atinge a temperatura ideal de trabalho, aumentando o desgaste das partes móveis do motor, além de aumentar a carbonização de velas e cilindros.
Operando
em altas e médias rotações, em velocidades mais constantes, como a
utilização em estradas, o motor tem um ajuste mais equilibrado de suas
peças internas e, trabalhando em rotações mais uniformes, ocorre uma
combustão mais homogênea.
Isto faz com que as velas e os bicos injetores (ou carburador) fiquem limpos.
Os
motores alimentados por injeção eletrônica possuem um funcionamento
mais equilibrado em função da regulagem mais precisa e constante, o que
reflete também na sua durabilidade.
Aquecendo
Cuidar
bem do motor (alimentado por caburador) começa no próprio aquecimento
pela manhã. O motorista não deve aquecer o motor durante muito tempo (30
segundos no máximo), nunca em altas rotações e nem usar o afogador
depois que o motor atinge a temperatura ideal. O combustível em excesso
na câmara acaba não sendo queimado totalmente e desce pelas paredes dos
cilindros, comprometendo a lubrificação. Aliás, carros que rodam nestas
condições (curtos trechos sem atingir com frequência a temperatura
ideal) devem trocar o óleo pelo tempo de uso, já que ele se contamina
com mais frequência.
A
boa qualidade do lubrificante, que tem entre outras funções a de evitar
o desgaste dos componentes móveis e a de refrigeração interna, é
fundamental para aumentar a durabilidade do motor. Portanto, o motorista
deve ficar atento para os períodos de troca e controlar periodicamente o
nível de óleo do motor. É considerado normal o consumo de um litro de
óleo a cada 5 mil quilômetros rodados. Por falar em qualidade, a do
combustível utilizado também influencia diretamente na durabilidade. Se
ele estiver fora das especificações, poderá provocar danos ao sistema de
alimentação e aos componentes internos.
Outra
providência que contribui para a durabilidade do motor é o estado das
velas, que devem estar em perfeitas condições de limpeza e com a folga
indicada para os eletrodos, para que a mistura ar/combustível seja
queimada corretamente. Elas devem ser checadas a cada 5.000 quilômetros e
a troca é geralmente recomendada a cada 10 ou 15 mil quilômetros
(alguns veículos mais modernos tem um prazo bem mais ampliado).
A
maneira como o motorista troca as marchas também influencia. Ela deve
ser feita na rotação próxima da faixa de torque, pois quando a marcha é
trocada muito abaixo dela, além da mistura não queimar corretamente, os
componentes internos são mais exigidos. Acelerar ou frear bruscamente
também exige maior esforço de todo o conjunto. É preciso alertar o
motorista para as “preparações” que, inevitavelmente, reduzem a
durabilidade do motor.
O fusca turbo da foto roda no trânsito com o capô fechado?
ResponderExcluir