A
maioria dos automóveis atualmente utiliza o sistema de freios composto
por discos na dianteira e tambores na traseira (salvo alguns carros top de linha
e importados que possuem freios a disco nas quatro-rodas). Nessa matéria
trataremos dos cuidados com este vital item de seguraça. Na primeira
parte abordaremos os freios a tambor.
Quando
o freio é acionado, estando o carro em movimento, a concentração
de peso do veículo é transferida para as rodas dianteiras (deslocamento
do centro de gravidade), fazendo com que o sistema de freio necessite de mais
potência na frente, como a que é proporcionada pelos freios a
disco. Nem por isso deve-se deixar de lado a correta manutenção
dos freios a tambor (que podem equipar também as rodas dianteiras em
alguns carros mais antigos).
Outro ponto a ser observado é em relação ao freio de
estacionamento (ou de mão) que normalmente tem atuação
sobre as rodas traseiras e, portanto, no sistema a tambor. Por ser essencial
para manter o veículo imobilizado no local estacionado, todo o sistema
deve estar em boas condições, que inclui regulagem do mecanismo
e lonas em bom estado.
Como muitos componentes
do carro, as lonas de freio – usadas no sistema
de freios a tambor – estão sujeitas a desgaste e devem ser trocadas
a cada 40 mil quilômetros na maioria dos carros. Mas se você conduz
seu veículo por estradas de barro e com muita poeira ou transitar freqüentemente
por lugares alagados, este prazo cai pela metade.
Muitas vezes (por exemplo)
o freio de estacionamento não está funcionando
bem e a causa pode não ser o desgaste das lonas, e sim necessitar de
uma simples regulagem para resolver o problema. Por isso, antes de optar pela
troca das lonas toda vez que notar perda de eficiência, verifique se
uma regulagem no cabo do freio de mão não é o suficiente.
Os tambores costumam apresentar
dois defeitos: ovalização ou
riscamento. O primeiro pode ser causado por resfriamento abrupto, aplicação
do freio de estacionamento com muita força ou ainda aperto excessivo
dos parafusos de roda, como era comum acontecer com os Fuscas mais antigos.
Quando a superfície de atrito do tambor não gira como um círculo
perfeito, existe ovalização, o que torna a frenagem irregular,
produzindo vibração no pedal de freio e no carro.
Se o tambor for retificado,
a ovalização é eliminada,
embora o diâmetro interno do tambor aumente. Portanto, às vezes é preciso
que a lona seja mais espessa em relação a original, para que
os raios do tambor e da lona não fiquem diferentes, o que irá provocar
perda da eficiência devido a menor superfície de contato. Porém
cuidado, pois quantidades excessivas de retíficas deixam o tambor fino
demais, tornando-o mais sensível ao calor, ovalizando-se com mais facilidade.
Já o riscamento é conseqüência do contato direto
do patim com o tambor, quando as lonas gastam-se totalmente (patim é à parte
do freio onde a lona é rebitada). A poeira em excesso também
pode riscar, caso penetre no interior do tambor. Como no caso anterior o tambor
precisará ser retificado, eliminando-se as imperfeições
da superfície de atrito. O custo de sua manutenção é relativamente
baixo, e o serviço pode ser executado em poucos minutos. Sua segurança
deve estar em primeiro lugar, portanto, freios são uma questão
importantíssima na planilha de manutenção de seu automóvel.
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