A principal dúvida sobre óleo para motores é uma só: que tipo de óleo usar no meu carro?
A resposta é bem simples: o que estiver indicado no manual do proprietário. Mas,
acalme-se, a idéia aqui não é comentar o óbvio, mas sim abrir seus
olhos para esse importante assunto na manutenção do seu veículo.
Antes,
porém, vamos detalhar a função do lubrificante. Sua tarefa é evitar o
atrito entre as peças móveis dentro do motor e assegurar o bom
funcionamento. Esse fluido deve manter suas características de
lubrificação sob as mais diversas condições, sejam climáticas ou formas
de uso. Com o passar do tempo, o óleo do motor tende a perder sua
viscosidade - característica principal no lubrificante -, encarregada
de fazer com que o óleo permaneça por mais tempo revestindo as peças
que estão em contato dentro do motor. Perdendo a viscosidade, o atrito
poderá comprometer o funcionamento do motor e deste modo a vida útil,
além de reduzir o desempenho e aumentar o consumo. Muitas pessoas
têm o hábito de só completar o óleo quando este está abaixo do limite,
sendo que o mais adequado é fazer a troca completa do lubrificante.
Esse erro pode custar caro. Se não for substituído, o óleo fica mais
sujo que o normal, já que além de lubrificar ele também tem a função de
eliminar determinados resíduos da combustão – queima do combustível - e
isso compromete a viscosidade. Mas o que fazer para o óleo não perder a viscosidade? O correto é fazer as trocas dentro dos limites de quilometragem estabelecidos para cada tipo de óleo.
Que óleo colocar? Para
saber qual é o lubrificante correto para seu veículo consulte o
"Manual do Proprietário" na seção referente a manutenção. É simples e
rápido. Lembre-se de observar os dados referentes a viscosidade (SAE) e
ao desempenho (API) e grave esses números. Outra possibilidade é
conferir as tabelas de recomendação disponíveis nos postos de serviço.
Conheça os tipos de óleo: Óleo
mineral multiviscoso - O mineral multiviscoso é o mais comum no
mercado. Esse tipo de óleo é adequado para qualquer motor, sendo ele de
qualquer cilindrada ou combustível. Sua principal característica é
adaptar a viscosidade de acordo com a temperatura de funcionamento do
motor. Vamos tomar como exemplo o 15W40. O primeiro número indica a
viscosidade do óleo em uma temperatura baixa, como na hora da partida, e
o segundo indica a viscosidade à temperatura operacional. Quanto menor o
primeiro número, mais fino é o óleo e quanto maior o segundo, mais
grosso. O cuidado necessário é efetuar as trocas antes de atingir o
limite de quilometragem, nesse tipo de óleo recomendada a cada 5 mil
quilômetros. Caso passe despercebido, com o tempo provoca alto índice
de carbonização interna do motor que, a partir de então, fica sujeito a
falhas e quebras. Óleo semi-sintético - O semi-sintético é o óleo
que mistura a base sintética com a mineral. Esse tipo é recomendado
para motores mais potentes que trabalham em altas rotações. Mas, nada
impede seu uso em motores menos potentes. Provoca menos carbonização
interna e contribui para amenizar o atrito entre as peças internas do
motor, principalmente durante a partida, quando a maior parte do óleo
encontra-se em repouso no cárter – reservatório do óleo. Ele também é do
tipo multiviscoso. A troca é recomendada pela maioria dos fabricantes a
cada 10 mil quilômetros, mas convém efetuá-la antes disso, por volta
dos 8 mil. Óleo sintético - Os sintéticos são os mais elaborados e
caros e prometem manter a viscosidade constante, independentemente da
temperatura de funcionamento do motor. Com essa característica a
tendência é não carbonizar o motor. São indicados para os modelos
esportivos que trabalham em regimes mais severos. A troca é recomendada
a cada 20 mil quilômetros, mas é bom ficar sempre atento ao nível O
mais importante de tudo é usar um único tipo de óleo e, de
preferência, da mesma marca. Em princípio, os óleos automotivos são
compatíveis entre si, sendo até possível misturar marcas diferentes.
Porém é preciso tomar o devido cuidado de usar produtos de um mesmo
nível de desempenho (API) - sigla em inglês de Instituto Americano do
Petróleo, uma classificação de duas letras que informa o tipo de motor
para o qual o óleo se destina (gasolina ou diesel) e o nível de
qualidade. Também não se esquecer do mesmo índice de viscosidade
(SAE) - sigla em inglês para Sociedade de Engenharia Automotiva, que
classifica os lubrificantes automotivos em faixas de viscosidade. No
entanto, a melhor alternativa ainda é evitar esse procedimento. Uma
observação importante é nunca misturar óleo mineral com óleo sintético.
O tempo de troca também varia de modelo para modelo.
Medição no posto de gasolina É
comum entre os motoristas pedir para checar o nível em postos de
gasolina durante o abastecimento. O procedimento é correto, mas,
geralmente, os atendentes não perguntam qual a marca e o tipo de óleo
que você prefere ou mesmo o que já está no reservatório do motor. Eles
medem o nível e, se estiver baixo, completam com o óleo que tiverem no
estoque. Nesse momento é importante ter paciência e aguardar pelo
menos três minutos com o carro desligado antes de fazer a medição. Esse
tempo é necessário para que todo o óleo do motor escorra para o cárter e
assim permita uma correta avaliação do nível. É por isso que as
montadoras aconselham os proprietários a trocar ou completar o óleo em
concessionária autorizada. Cada marca tem sua recomendação específica,
mas nada que, se você tomar toda a cautela, não seja possível de
realizar em postos de serviço. Com o uso do carro, o nível do óleo
baixa um pouco devido às folgas do motor e à queima parcial na câmara
de combustão. Assim, enquanto não chega a hora de trocar o óleo,
devemos ir completando o nível. Motores com mais de 100 mil quilômetros
rodados têm mais folga em determinados componentes internos que os
veículos novos e, portanto, tendem a baixar mais o nível de óleo no
cárter. É bom lembrar que mesmo o motor novo também tem certo consumo
de óleo, assim o acompanhamento do nível se faz necessário para
qualquer carro, independente do tipo de combustível utilizado e tempo
de uso. |
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